Os caminhos da diversidade e inclusão no Brasil e no mundo





Os caminhos da diversidade e inclusão no Brasil e no mundo

Sobre o C-Talks

Sobre o C-Talks

O C-Talks by Talenses Group é uma webserie que promove diálogos e reflexões de temas factuais que envolvem o C-Level das organizações. A cada edição convidamos executivas e executivos seniores para compartilharem suas experiências em conversas conduzidas por diferentes lideranças do Talenses Group em nosso videocast. 


Os temas abordados refletem as dinâmicas e transformações do ambiente corporativo, sempre explorados por meio de conversas instigantes e de alto nível. Confira a seguir o episódio mais recente e acesse a curadoria completa de edições anteriores do C-Talks by Talenses Group.

O C-Talks by Talenses Group é uma webserie que promove diálogos e reflexões de temas factuais que envolvem o C-Level das organizações. A cada edição convidamos executivas e executivos seniores para compartilharem suas experiências em conversas conduzidas por diferentes lideranças do Talenses Group em nosso videocast. 


Os temas abordados refletem as dinâmicas e transformações do ambiente corporativo, sempre explorados por meio de conversas instigantes e de alto nível. Confira a seguir o episódio mais recente e acesse a curadoria completa de edições anteriores do C-Talks by Talenses Group.

14ª Edição

Os caminhos da diversidade e inclusão no Brasil e no mundo

14ª Edição

Os caminhos da diversidade e inclusão no Brasil e no mundo

Nos últimos tempos, manchetes como “A agenda de ESG e D&I está morta e vamos ter certeza de que nunca volte” e “Big techs se afastam de ações ligadas a D&I” ganharam espaço na mídia, especialmente nos Estados Unidos. A crescente polarização em torno do tema levanta um alerta importante sobre os caminhos que a Diversidade & Inclusão podem seguir no Brasil e no mundo.

 

Para aprofundarmos essa discussão, tivemos o prazer de receber no escritório do Talenses Group a Raquel Zagui, Vice-Presidente de Pessoas Brasil e Global Head de D&I na Heineken, na 14ª edição do C-Talks, agora em videocast.

Nos últimos tempos, manchetes como “A agenda de ESG e D&I está morta e vamos ter certeza de que nunca volte” e “Big techs se afastam de ações ligadas a D&I” ganharam espaço na mídia, especialmente nos Estados Unidos. A crescente polarização em torno do tema levanta um alerta importante sobre os caminhos que a Diversidade & Inclusão podem seguir no Brasil e no mundo.

 

Para aprofundarmos essa discussão, tivemos o prazer de receber no escritório do Talenses Group a Raquel Zagui, Vice-Presidente de Pessoas Brasil e Global Head de D&I na Heineken, na 14ª edição do C-Talks, agora em videocast.

RAQUEL ZAGUI

Vice President People Function Brazil & Global DEI head at The HEINEKEN Company

Isis Borge 

Managing Partner Talenses Group | Assigna

Quem entrou nessa onda [D&I] por conta do susto que levou com o George Floyd e está saindo agora pelas outras questões políticas que estão acontecendo, na próxima onda - porque a única certeza da vida é que vai ter uma outra onda de retorno -, não deveria voltar porque não está fazendo pelos motivos certos.

Quem entrou nessa onda [D&I] por conta do susto que levou com o George Floyd e está saindo agora pelas outras questões políticas que estão acontecendo, na próxima onda - porque a única certeza da vida é que vai ter uma outra onda de retorno -, não deveria voltar porque não está fazendo pelos motivos certos.

Reflexões estratégicas, o olhar da Heineken sobre D&I, o Brasil no contexto global, métricas e reafirmação do compromisso


Isis Borge deu início à conversa trazendo à tona uma das grandes inquietações do mercado atual: o que está acontecendo com a pauta de Diversidade e Inclusão, no Brasil e no mundo? A pergunta abriu espaço para uma reflexão conduzida por Raquel, que trouxe uma leitura crítica sobre o atual momento dessa agenda. Em sua visão, o tema tem enfrentado uma polarização crescente, mas há também um movimento relevante por parte das empresas em buscar um entendimento mais genuíno, que ultrapasse o campo político e se conecte diretamente com o propósito do negócio. Para ela, esse exercício de ressignificação é essencial para que o tema continue a avançar com legitimidade e gere valor real — tanto para os colaboradores quanto para os resultados operacionais.

 

Essa análise se torna ainda mais relevante quando observamos o cenário global, em que cada país carrega especificidades legais e culturais que impactam diretamente a forma como a pauta é tratada. Apesar dessas diferenças, o desafio é comum: entender por que Diversidade e Inclusão são estratégicas, e como manter coerência entre valores e práticas organizacionais. A questão central não está apenas em atender a obrigações legais, mas em garantir que a pauta faça sentido no contexto de negócio, alinhando intenção, cultura e execução.

 

No caso da Heineken, a atuação global na agenda de Diversidade é trabalhada em pilares como equidade de gênero, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. No entanto, há liberdade para que cada país priorize temas relevantes à sua realidade local — como é o caso do Brasil, onde a pauta racial ganha maior destaque. Esse equilíbrio entre diretrizes globais e autonomia regional tem permitido que a companhia mantenha uma abordagem consistente, mas ao mesmo tempo sensível às particularidades de cada mercado.

 

Raquel também destaca o papel do Brasil nesse cenário, reconhecendo o fato de pautas como a legislação de cotas e a legalização da união homoafetiva, não terem recuado ao longo dos anos mesmo diante de tensões sociais. No entanto, ela também aponta como ainda precisamos evoluir em outras áreas, como a ampliação da licença paternidade e a equidade de gênero em cargos de liderança. A avaliação é clara: o nosso não é o pior cenário, mas ainda há um caminho importante a ser percorrido — especialmente se olharmos para benchmarks internacionais que já incorporaram essas práticas com e profundidade.

 

Ainda, a Executiva comenta que para que essas pautas avancem de forma consistente, é fundamental que elas deixem de ser tratadas exclusivamente como uma responsabilidade do RH. Enquanto estiver restritas a esse escopo, dificilmente terá o impacto necessário. A mudança real acontece quando D&I é assumido como uma decisão de negócio, integrada à estratégia corporativa e sustentada por metas, indicadores e, principalmente, pelo exemplo das lideranças. A primeira etapa dessa transformação está em traduzir essa agenda como uma verdade para a companhia — algo que esteja no centro da cultura e não apenas na superfície do discurso.

 

Nesse sentido, a mensuração torna-se um elemento-chave. Indicadores como turnover e pesquisas de clima organizacional ajudam a monitorar percepções e engajamento. Na Heineken, por exemplo, foi implementada a chamada “jornada da felicidade”, inspirada na metodologia da ciência da felicidade de Martin Seligman. Com pesquisas quinzenais, a empresa consegue captar, de forma individualizada, a experiência dos colaboradores e identificar oportunidades reais de melhoria na jornada interna.

 

Em suma, a maturidade se reflete em uma mudança de abordagem. Ao invés de focar excessivamente no “como fazer” ou nos cuidados do discurso, o movimento atual busca desmistificar a pauta, simplificá-la e conectá-la com a geração de valor. É sobre criar condições reais de igualdade, questionar estereótipos e trazer todos para o mesmo lugar. Quem permanece comprometido com a agenda está, agora, pelos motivos certos — com clareza sobre o impacto estratégico que a Diversidade e Inclusão têm nos negócios e aprendendo com os pontos onde, no passado, talvez tenhamos deixado a narrativa perder força. O futuro da pauta será construído por quem compreende seu verdadeiro papel: gerar impacto humano, reputacional e financeiro de forma consistente e duradoura.

Reflexões estratégicas, o olhar da Heineken sobre D&I, o Brasil no contexto global, métricas e reafirmação do compromisso


Isis Borge deu início à conversa trazendo à tona uma das grandes inquietações do mercado atual: o que está acontecendo com a pauta de Diversidade e Inclusão, no Brasil e no mundo? A pergunta abriu espaço para uma reflexão conduzida por Raquel, que trouxe uma leitura crítica sobre o atual momento dessa agenda. Em sua visão, o tema tem enfrentado uma polarização crescente, mas há também um movimento relevante por parte das empresas em buscar um entendimento mais genuíno, que ultrapasse o campo político e se conecte diretamente com o propósito do negócio. Para ela, esse exercício de ressignificação é essencial para que o tema continue a avançar com legitimidade e gere valor real — tanto para os colaboradores quanto para os resultados operacionais.

 

Essa análise se torna ainda mais relevante quando observamos o cenário global, em que cada país carrega especificidades legais e culturais que impactam diretamente a forma como a pauta é tratada. Apesar dessas diferenças, o desafio é comum: entender por que Diversidade e Inclusão são estratégicas, e como manter coerência entre valores e práticas organizacionais. A questão central não está apenas em atender a obrigações legais, mas em garantir que a pauta faça sentido no contexto de negócio, alinhando intenção, cultura e execução.

 

No caso da Heineken, a atuação global na agenda de Diversidade é trabalhada em pilares como equidade de gênero, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. No entanto, há liberdade para que cada país priorize temas relevantes à sua realidade local — como é o caso do Brasil, onde a pauta racial ganha maior destaque. Esse equilíbrio entre diretrizes globais e autonomia regional tem permitido que a companhia mantenha uma abordagem consistente, mas ao mesmo tempo sensível às particularidades de cada mercado.

 

Raquel também destaca o papel do Brasil nesse cenário, reconhecendo o fato de pautas como a legislação de cotas e a legalização da união homoafetiva, não terem recuado ao longo dos anos mesmo diante de tensões sociais. No entanto, ela também aponta como ainda precisamos evoluir em outras áreas, como a ampliação da licença paternidade e a equidade de gênero em cargos de liderança. A avaliação é clara: o nosso não é o pior cenário, mas ainda há um caminho importante a ser percorrido — especialmente se olharmos para benchmarks internacionais que já incorporaram essas práticas com e profundidade.

 

Ainda, a Executiva comenta que para que essas pautas avancem de forma consistente, é fundamental que elas deixem de ser tratadas exclusivamente como uma responsabilidade do RH. Enquanto estiver restritas a esse escopo, dificilmente terá o impacto necessário. A mudança real acontece quando D&I é assumido como uma decisão de negócio, integrada à estratégia corporativa e sustentada por metas, indicadores e, principalmente, pelo exemplo das lideranças. A primeira etapa dessa transformação está em traduzir essa agenda como uma verdade para a companhia — algo que esteja no centro da cultura e não apenas na superfície do discurso.

 

Nesse sentido, a mensuração torna-se um elemento-chave. Indicadores como turnover e pesquisas de clima organizacional ajudam a monitorar percepções e engajamento. Na Heineken, por exemplo, foi implementada a chamada “jornada da felicidade”, inspirada na metodologia da ciência da felicidade de Martin Seligman. Com pesquisas quinzenais, a empresa consegue captar, de forma individualizada, a experiência dos colaboradores e identificar oportunidades reais de melhoria na jornada interna.

 

Em suma, a maturidade se reflete em uma mudança de abordagem. Ao invés de focar excessivamente no “como fazer” ou nos cuidados do discurso, o movimento atual busca desmistificar a pauta, simplificá-la e conectá-la com a geração de valor. É sobre criar condições reais de igualdade, questionar estereótipos e trazer todos para o mesmo lugar. Quem permanece comprometido com a agenda está, agora, pelos motivos certos — com clareza sobre o impacto estratégico que a Diversidade e Inclusão têm nos negócios e aprendendo com os pontos onde, no passado, talvez tenhamos deixado a narrativa perder força. O futuro da pauta será construído por quem compreende seu verdadeiro papel: gerar impacto humano, reputacional e financeiro de forma consistente e duradoura.


Tem muita empresa que acredita na temática da Diversidade & Inclusão. Mas, sempre tem aquele risco de ser escrito apenas uma política e isso não ser transformado em um valor. 

Tem muita empresa que acredita na temática da Diversidade & Inclusão. Mas, sempre tem aquele risco de ser escrito apenas uma política e isso não ser transformado em um valor. 


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Sobre o Talenses Group

Holding brasileira com soluções completas de recrutamento e seleção e capital humano para empresas de diversos setores e portes que buscam atuação consultiva e especializada, independentemente do nível hierárquico. Com escritórios em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro, nossa estrutura nos permite atender organizações das principais capitais do Brasil e da América Latina.  No modelo de contratação permanente, recrutamos talentos em início de carreira, lideranças e posições de Top Management, C-Level e Conselho. No modelo staff loan, realizamos o recrutamento de experts e os realocamos como terceiros ou temporários em projetos pontuais dentro das organizações. Em Tech Recruiting, conectamos empresas à nossa comunidade de profissionais de tecnologia e digital. Já em recrutamento inclusivo, temos uma equipe especializada em processos seletivos afirmativos para vagas corporativas. No modelo de contratação permanente, recrutamos talentos em início de carreira, lideranças e posições de Top Management, C-Level e Conselho. No modelo staff loan, realizamos o recrutamento de experts e os realocamos como terceiros ou temporários em projetos pontuais dentro das organizações. Em Tech Recruiting, conectamos empresas à nossa comunidade de profissionais de tecnologia e digital. Já em recrutamento inclusivo, temos uma equipe especializada em processos seletivos afirmativos para vagas corporativas. 

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